Governo retoma incentivo a carro elétrico no país
LEILA COIMBRA
DO RIO
O governo retomou os estudos para a elaboração de um marco regulatório para deslanchar o mercado de carros elétricos no país.
Está em análise, em uma primeira etapa, o incentivo à importação. Isso serviria para criar demanda local e desenvolver a infraestrutura necessária de abastecimento.
Depois, a estratégia é criar a tecnologia de fabricação nacional de veículos elétricos. O principal desafio é o desenvolvimento de baterias mais baratas e com maior autonomia de quilometragem.
Agora o projeto conta com o apoio da Petrobras, que recentemente fechou parceria com Itaipu para desenvolver um carro nacional.
A montadora Fiat também é parceira no projeto e já tem dois modelos movidos a eletricidade, mas ainda não disponíveis comercialmente: o Palio e o Uno Ecology, que rodam nos arredores da usina.
Para incentivar a compra desses modelos, o carro elétrico será barateado ±atualmente é muito caro, se comparado aos convencionais, de motor a combustão.
Como as baterias custam até US$ 50 mil (de lítio, com autonomia para percorrer 300 km, a mais avançada), um carro elétrico não chegaria hoje ao Brasil por menos de US$ 100 mil (R$ 156.430).
Está em estudo no Ministério da Fazenda a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), hoje de 25%, enquanto para os outros veículos é de 12%, em média. Reduzir o Imposto de Importação, hoje entre 30% e 35%, também está sob análise.
No Ministério de Ciência e Tecnologia, um grupo de estudos se dedica ao desenvolvimento tecnológico, para baixar os preços das baterias.
NOVA ALIADA
No ano passado, a Fazenda preparou um evento para anunciar o incentivo ao carro elétrico, mas ele foi cancelado minutos antes, sob argumento de que o então presidente Lula pedira mais tempo para conhecer a proposta.
Nos bastidores, comentou-se que Petrobras não gostaria de ter a concorrência de um sistema de transportes completamente diferente do modelo baseado no motor a combustão, movido a gasolina, diesel ou etanol.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Um dos argumentos para que a estatal mudasse de ideia é que dificilmente o carro elétrico será a maioria da frota brasileira de automóveis em curto ou médio prazo.
Já com outra postura, em abril a Petrobras inaugurou no Chile um ponto de recarga rápida para carros elétricos. Com exceção do Japão, onde os carros elétricos já representam 11% da frota, em todo o mundo existem apenas 40 postos desse tipo.
Para o ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, entusiasta do projeto, o Brasil tem de decidir se terá posição de vanguarda ou não. “Seremos meros expectadores ou teremos posição ativa, como no caso do etanol, desenvolvendo nossa própria tecnologia?”.
Olá Luciano,
veja o veículo Model S da Tesla (http://www.teslamotors.com/)
e entenda que nós estamos completamente desatualizados
em relação a esse assunto.
Lamentável, o Brasil poderia ter entrado com tudo nesse
seguimento, pois tem a maior oferta de energia limpa, e no
panorama mais desfavorável, frota nacional 100% elétrica,
teria um aumento na demanda de energia elétrica de menos de 15%.
Quero ver explicar que o nosso atraso político mantém a expectativa
de vida do Paulistano bem menor que a do resto do Brasil por
causa exclusivamente da poluição gerada pelos motores a combustão.
Quanto à tecnologia e autonomia das baterias, esse artigo
está equivocado pois se baseia em argumentos bem fora
da realidade mundial, talvez por se basear na opinião
das nossas montadoras nacionais, ou de engenheiros da indústria
do petróleo.
Att.,
Amerson Borges