Servidores da Receita Federal mantêm greve
As 18 categorias ligadas à Condsef (Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal) aceitaram acordo com o Governo Federal ontem e fecharam reajuste salarial de 15,8% pago em três vezes, até 2015. Entretanto, os servidores da Receita Federal de Marília decidiram continuar em greve por tempo indeterminado. A categoria tem até o próximo dia 31 para se manifestar. Trata-se da data limite para envio do Orçamento da União ao Congresso Nacional com a previsão de gastos com a folha de pagamentos dos servidores para o ano que vem.
Segundo o presidente do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), Luiz Benedito, a pressão do governo não intimidou os servidores. “Não é porque o documento será enviado que não poderá ser alterado. Não vamos nos intimidar pelo governo ter dado um prazo. Não vamos baixar a bandeira”, afirma.
Segundo Benedito, o índice proposto não altera o quadro de distorções que prejudicam a administração pública.
“A proposta de três parcelas sequer garante o estancamento das perdas em face do processo inflacionário. Além disso, consolida as perdas passadas já verificadas desde 2008, quando ocorreu a última negociação, e coloca os servidores em uma conjuntura futura bastante ruim”, avalia.
No último dia 25, o Sindifisco encaminhou ofício ao secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, manifestando a insatisfação com o tratamento que o governo tem dado à negociação. A categoria quer aumento de 30,19% no salário final e da tabela remuneratória composta de seis padrões, com uma diferença de 4,5% entre eles. Além da criação de indenização de fronteira, no valor de 20% do maior subsídio da categoria. Os auditores estão em greve, com apenas 30% dos serviços funcionando, desde o dia 18 de junho.
ALIMENTAÇÃO
A campanha salarial que estava prevista para ser lançada nesta semana foi adiada para a primeira semana de setembro. Segundo o presidente do sindicato da alimentação, Wilson Vidotto Manzon, os trabalhadores do Plúrimo, que incluem empresas como a Dori, Bel e a Marilan, além dos setores de Laticínio e Torrefação de Café pedem por um reajuste salarial de 10%, adicional noturno de 50% e piso salarial de R$ 1.300. Também reivindicam PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de um salário e meio da categoria, além de cesta básica com no mínimo 50 quilos ou vale compra no valor de R$ 50.