Membros do G-20 chegaram a um entendimento para a troca de informações no intuito de evitar que corruptos possam utilizar, em outros países membros, valores originados, direta ou indiretamente do resultado da corrupção.
Em épocas de inúmeros questionamentos a respeito da invasão de privacidade entre países, tal passo para a transparência só nos leva a crer que a globalização atingirá também a troca de informações, como já vem atingindo, na verdade.
As portas estão, aos poucos, se fechando para os corruptos e fraudadores.
G-20 cria rede de informação para combater corrupção
SÃO PETERSBURGO – As maiores economias do mundo, reunidas no G-20, decidiram fazer um combate especial contra corrupção em setores considerados de alto risco, como na organização de eventos esportivos, culturais e outros grandes acontecimentos internacionais.
Também dará ênfase no combate a suborno em compra e venda entre setores público e privado, incluindo compras governamentais e privatizações de propriedades do Estado.
O Brasil participou ativamente da elaboração do plano, segundo assessores do governo Dilma Rousseff.
Como o Valor antecipou, o grupo vai negar a entrada em seus territórios de corruptos e de quem os corrompe. Montaram uma rede de informações, para implementar a restrição de movimentos de funcionários corruptos “de acordo com as leis e regulamentos nacionais”.
Na prática, as maiores economias querem evitar que um funcionário corrupto procure depois outros lugares para gozar do dinheiro ganho ilegalmente e à custa dos cofres públicos. A declaração negociada é para “intensificar a luta contra a corrupção”.
O G-20 endossou princípios de alto nível sobre assistência legal mútua, para melhorar a colaboração internacional na investigação e a acusação de crimes de corrupção, assim como para recuperar o dinheiro nesses casos.
Como um grupo das maiores economias desenvolvidas, o G-20 tem o potencial para criar “dinâmica irrefreável em direção de uma cultura global de intolerância em relação a corrupção”, diz o documento.