O Brasil vem, ano após ano, se posicionando no topo de rankings de países protecionistas, especialmente sob a ótica da aplicação de medidas antidumping.
Para se ter uma ideia, levantamento realizado pela OMC e reportado pelo Jornal Diário do Nordeste, indica que o Brasil, nos últimos três anos, vem liderando o ranking de países que mais aplicam as medidas protetivas.
Inclusive, nosso país se posiciona à frente dos EUA, que é o segundo colocado.
As medidas antidumping são aplicadas sempre que um produto é exportado pelo país exportador para o país importador por preço abaixo do preço normal, calculado conforme regras estabelecidas pela OMC.
No entanto, as medidas antidumping no Brasil servem, muito mais, para proteger a indústria que, diga-se, na maior parte das vezes sequer atende o mercado consumidor nacional.
Não é incomum o consumidor brasileiro (aqui consideradas as pessoas físicas e jurídicas) se deparar com falta de determinados produtos no mercado, e, mesmo com a aludida falta, o MDIC não se furta a aplicar as medidas protetivas.
Ficaríamos calados, sem qualquer protesto, se nosso país tivesse uma indústria autossuficiente. Todavia, não é o caso.
Ou a economia do país se abre, de forma a acudir o mercado consumidor, evitando o uso prostituído de medidas antidumping, ou teremos essa indústria caduca sempre, pois sem concorrência, jamais haverá incremento no nosso polo industrial.