Notícia: China acaba com suspensão às exportações de carne bovina brasileira

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, se encontrou com autoridades sanitárias de Pequim e foi informado da decisão, que ocorre a três dias do embarque de Lula para o país

Por O GLOBO

A China pôs fim ao embargo à carne bovina brasileira, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que está em Pequim. A decisão foi informada ao governo brasileiro em reunião com representantes da autoridade sanitária do país, a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês). A China compra mais de 60% da carne bovina exportada pelo Brasil.

– A grande audiência do dia foi na GACC, onde tivemos com o ministro e eles fizeram o grande anúncio do levantamento da suspensão dos embargos da carne bovina brasileira (…) Isso era esperado há alguns dias – disse Fávaro, após a reunião.

A decisão ocorre três dias antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcar para a China, onde deve se encontrar com o presidente do país, Xi Jinping, para discutir avanços na pauta comercial entre as duas nações, entre outros temas.

O veto às exportações à carne bovina brasileira ocorreu há um mês, após a identificação de um caso de mal da vaca louca no Pará. O caso era isolado e o animal, de 9 anos, foi abatido. Mas, seguindo o protocolo, foi suspensa a exportação de toda a carne produzido no Brasil.2 de 2 O ministro da Agricultura, Carlo Fávaro, e o ministro do GACC, Yu Jianhua — Foto: Divulgação/Mapa

Um comunicado publicado no site da GACC, diz que “após avaliação, o sistema de prevenção e controle da doença da vaca louca do Brasil está em conformidade com os requisitos relevantes de quarentena e saúde da China, e é decidido permitir que o Brasil retome a exportação de carne bovina desossada com menos de 30 meses de idade para a China a partir de 23 de março de 2023”.

O Brasil exportou US$ 11,8 bilhões de carne bovina fresca no ano passado. Desse total, US$ 8 bilhões tiveram a China como destino.

A decisão do governo chinês beneficia JBS, Marfrig e Minerva, frigoríficos que haviam sido afetados pelo veto. Alguns deles tiveram de recorrer à produção em países vizinhos para abastecer o mercado chinês.

Sobre Luciano Bushatsky Andrade de Alencar

Pernambucano. Advogado Aduaneiro e Tributarista, com foco em tributação em comércio exterior e Direito Aduaneiro de um modo geral, atendendo todos os intervenientes nas atividades de comércio exterior, desde importadores e exportadores, aos operadores portuários. Responsável pela área de Direito Aduaneiro da Mello Pimentel Advocacia. Pós-graduado em Direito Tributário pelo IBET/SP - IPET/PE. Mestre em Direito Tributário pela Escola de Direito da FGV/SP. Diretor da Associação Brasileira de Estudos Aduaneiros - ABEAD/Regional Pernambuco. Membro da Comissão de Direito Marítimo, Portuário e do Petróleo da OAB/PE. Vice-Presidente da Comissão de Direito Aduaneiro & Comércio Exterior da OAB/PE. Vice-Presidente do Comitê Aberto de Comércio Exterior da AMCHAM.

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