Operação-padrão da Receita traz problemas a empresas do Paraná
LEONARDO RODRIGUES – Folha de São Paulo
Um mês após o início da operação-padrão da Receita Federal, os principais portos do Paraná registram atrasos nos trâmites de importações e exportações, filas e transtornos às empresas que dependem do comércio exterior.
O porto de Paranaguá, um dos principais no movimento de cargas a granel, está com cerca de mil declarações retidas, segundo o Sindifisco-PR (sindicato dos auditores fiscais no Estado). O acúmulo é de aproximadamente 650 trâmites de importação e de 350 de exportação.
Em reação à operação-padrão, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná conseguiu, na quinta-feira, liminar determinando que a liberação de mercadorias no porto de Paranaguá demore, no máximo, cinco dias.
No porto-seco de Foz do Iguaçu, também há lentidão. Cerca de 1.500 caminhões carregados aguardam na fila de espera de exportação.
Em condições normais, a média de movimentação no terminal –o segundo maior porto-seco brasileiro– é de 900 veículos. O pátio, que comporta 720 caminhões, segue lotado.
Desde o ano passado, os auditores fiscais reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste de 30,19%.
Segundo o Sindifisco, o governo federal pediu prazo até 31 deste mês para apresentar uma contraproposta à categoria, mas as negociações pouco têm avançado.