Comércio Exterior segue batendo recordes

Porto de Santos bate recorde histórico de movimentação no ano

Por Fernanda Pires
PARA O VALOR, DE SANTOS (SP)  –  O porto de Santos cresceu 4,7% no mês de setembro, um recuo no ritmo dos últimos dois meses. Em julho o porto cresceu 9,75% e em agosto, 7,68%. No acumulado dos nove meses, contudo, o movimento operacional continuou avançando dois dígitos e registrou alta de 11,6% no combinado de exportação e importação sobre o mesmo período de 2012.

Em volume de carga, foram movimentadas de janeiro a setembro 85,7 milhões de toneladas, a melhor marca da história para o período. O resultado levou a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) a revisar para cima as previsões iniciais para o exercício. A estimativa é que o porto encerre o ano com 112 milhões de toneladas. 

No acumulado, as exportações totalizaram 60,5 milhões de toneladas, alta de 14,9% sobre a mesma base de 2012. Os destaques foram os produtos agrícolas e o álcool. O açúcar – que apresentou queda de dois dígitos em setembro – subiu 27,8% no acumulado. O complexo soja avançou 15,1% e o álcool, 26,2%. As importações aumentaram menos, 4,4%, com destaque para o minério de ferro (46,2%).

A movimentação de contêineres continua crescendo, tendo chegado a 2,5 milhões de Teus (contêiner de 20 pés), alta de 7,3%.

O porto de Santos continua a escoar cerca de um quarto da movimentação nacional. Respondeu por 26,5% das exportações brasileiras (US$ 47 bilhões) e 25,4% das importações (US$ 45,5 bilhões). 

A China foi o principal destino dos embarques, com fatia de 15,7%, seguida pelos Estados Unidos (9,3%) e Argentina (6,3%). Na outra mão, a China mantém-se, também, como a maior exportadora de cargas para o Brasil (16%), via Santos, seguida pelos Estados Unidos (13,9%) e Alemanha (9,7%).

Apesar do aumento no volume de cargas, o número de atracações de navios continua em queda. A Codesp afirma que isso é resultado dos efeitos da dragagem de aprofundamento do canal de navegação, que vem permitindo a operação de embarcações de maior porte. A dragagem, porém, está homologada em apenas dois dos quatro trechos do canal de navegação de Santos, limitando os ganhos potenciais aos terminais localizados nos trechos 1 e 2 do canal.

Porto de Santos bate recorde em 2012

Carga no Porto de Santos é recorde no 1º semestre

Volume de mercadorias somou 53,7 milhões de toneladas, alta de 14,3% ante igual período de 2012 

16 de julho de 2013Wladimir D’andrade, da Agência Estado

SÃO PAULO – O movimento de carga no Porto de Santos bateu recorde no primeiro semestre deste ano, com volume de 53,7 milhões de toneladas, alta de 14,3% sobre os 47 milhões de toneladas verificados em igual período de 2012, informou a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A carga para exportação cresceu 20,2% na primeira metade do ano ante mesmo intervalo de 2012, para 37,9 milhões de toneladas, enquanto o volume de importação avançou 2,3%, para 15,8 milhões de toneladas.

O Porto de Santos foi responsável por 25,6% da balança comercial brasileira no primeiro semestre, ao totalizar US$ 59,5 bilhões. O valor das cargas de exportação embarcadas totalizou US$ 30,6 bilhões, contra US$ 29,9 bilhões no primeiro semestre de 2012. As importações chegaram a US$ 28,9 bilhões, valor superior ao de igual período do ano passado (US$ 27,2 bilhões).

Em junho, o Porto de Santos movimentou 9,3 milhões de tonel0adas, o que representa um avanço de 11,6% sobre igual mês do ano passado. Deste volume, as exportações foram responsáveis por 6,4 milhões de toneladas (alta de 12,4%) e as importações por 2,9 milhões de toneladas (crescimento de 9,9%). De acordo com a Codesp, os totais mensais registrados no primeiro semestre de 2013 bateram recorde de movimentação quando comparados a igual mês do ano anterior.

Dentre as mercadorias de exportação, destaque para o açúcar, que cresceu 60,2% em volume no primeiro semestre, para 8,3 milhões de toneladas; para o álcool, cujo volume subiu 92,1% no período, para 892 mil toneladas; e para o milho, que apresentou elevação de 396,5% no volume, ao totalizar 1,6 milhão de toneladas. A soja, no entanto, liderou as exportações em volume absoluto, 12,1 milhões de toneladas, o que significou aumento de 7,3% de janeiro a junho de 2013 ante o primeiro semestre do ano passado.

O minério de ferro a granel liderou, no semestre, as altas entre os produtos de importação. A mercadoria cresceu 51,5% no período em relação aos seis primeiros meses de 2012 e atingiu 892 mil toneladas. Adubos foram responsáveis pelos maiores volumes de importados no Porto de Santos até a primeira metade do ano, com 1,2 milhão de toneladas. O produto, porém, apresentou queda de 0,8% em comparação a igual intervalo de tempo em 2012.

Contêiner

A carga por contêiner avançou 6,3% no semestre, chegando a 1,6 milhão TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). O volume também é recorde para o período, informou a Codesp. Apesar do aumento de carga, o número de navios que aportaram em Santos caiu 6,3% em relação a igual período de 2012.

Porto de Santos bate recorde em 2012

Carga no Porto de Santos é recorde no 1º semestre

Volume de mercadorias somou 53,7 milhões de toneladas, alta de 14,3% ante igual período de 2012 

16 de julho de 2013Wladimir D’andrade, da Agência Estado

SÃO PAULO – O movimento de carga no Porto de Santos bateu recorde no primeiro semestre deste ano, com volume de 53,7 milhões de toneladas, alta de 14,3% sobre os 47 milhões de toneladas verificados em igual período de 2012, informou a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A carga para exportação cresceu 20,2% na primeira metade do ano ante mesmo intervalo de 2012, para 37,9 milhões de toneladas, enquanto o volume de importação avançou 2,3%, para 15,8 milhões de toneladas.

O Porto de Santos foi responsável por 25,6% da balança comercial brasileira no primeiro semestre, ao totalizar US$ 59,5 bilhões. O valor das cargas de exportação embarcadas totalizou US$ 30,6 bilhões, contra US$ 29,9 bilhões no primeiro semestre de 2012. As importações chegaram a US$ 28,9 bilhões, valor superior ao de igual período do ano passado (US$ 27,2 bilhões).

Em junho, o Porto de Santos movimentou 9,3 milhões de tonel0adas, o que representa um avanço de 11,6% sobre igual mês do ano passado. Deste volume, as exportações foram responsáveis por 6,4 milhões de toneladas (alta de 12,4%) e as importações por 2,9 milhões de toneladas (crescimento de 9,9%). De acordo com a Codesp, os totais mensais registrados no primeiro semestre de 2013 bateram recorde de movimentação quando comparados a igual mês do ano anterior.

Dentre as mercadorias de exportação, destaque para o açúcar, que cresceu 60,2% em volume no primeiro semestre, para 8,3 milhões de toneladas; para o álcool, cujo volume subiu 92,1% no período, para 892 mil toneladas; e para o milho, que apresentou elevação de 396,5% no volume, ao totalizar 1,6 milhão de toneladas. A soja, no entanto, liderou as exportações em volume absoluto, 12,1 milhões de toneladas, o que significou aumento de 7,3% de janeiro a junho de 2013 ante o primeiro semestre do ano passado.

O minério de ferro a granel liderou, no semestre, as altas entre os produtos de importação. A mercadoria cresceu 51,5% no período em relação aos seis primeiros meses de 2012 e atingiu 892 mil toneladas. Adubos foram responsáveis pelos maiores volumes de importados no Porto de Santos até a primeira metade do ano, com 1,2 milhão de toneladas. O produto, porém, apresentou queda de 0,8% em comparação a igual intervalo de tempo em 2012.

Contêiner

A carga por contêiner avançou 6,3% no semestre, chegando a 1,6 milhão TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). O volume também é recorde para o período, informou a Codesp. Apesar do aumento de carga, o número de navios que aportaram em Santos caiu 6,3% em relação a igual período de 2012.

Arrecadação com importados é destaque

Agora, questiono: Porque não reverter o produto da arrecadação em melhorias estruturais em nosso País? Só assim o gargalo logístico que hoje separa o Brasil dos países desenvolvidos seria reduzido. E, pasmem, seria uma forma das malditas importações trabalharem para o crescimento da indústria nacional.

Arrecadação com importados cresceu 15,2% no primeiro trimestre

Por João Villaverde, Thiago Resende e Marta Watanabe | Valor
BRASÍLIA E SÃO PAULO – 

Apesar de despertarem a preocupação do governo, que luta para preservar a indústria nacional e combater o ritmo acelerado de ingresso de mercadorias no país, as importações têm sido boas para a arrecadação de tributos federais. Apenas no primeiro trimestre deste ano, o Imposto sobre Importação (II) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado às importações reverteram aos cofres da Receita Federal R$ 10,8 bilhões, resultado 15,2% superior ao verificado entre janeiro e março do ano passado, em termos reais.

Já a arrecadação oriunda do IPI recolhido pela indústria nacional despencou nos primeiros três meses deste ano. Entre janeiro e março, a indústria recolheu R$ 7,8 bilhões em IPI, desempenho 7,2% inferior ao verificado em igual período de 2011.

O ritmo das importações tem impulsionado a arrecadação federal a cada mês. Apenas no mês passado, o Imposto de Importação resultou em recolhimento de R$ 2,4 bilhões, 8,2% mais do que no mesmo mês do ano passado, em termos reais. O avanço da arrecadação oriunda do IPI vinculado às importações foi ainda maior em março – foi recolhido R$ 1,3 bilhão por meio do IPI no mês passado, alta de 21,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Setor financeiro cresce mais

A arrecadação oriunda do setor financeiro foi a que mais cresceu entre os grandes setores da economia, no primeiro trimestre deste ano, segundo a Receita Federal. As entidades financeiras contribuíram 43% a mais para os cofres públicos no período, enquanto o recolhimento de impostos do comércio varejista cresceu 16,3%. O atacado contribuiu 6,3% a mais no trimestre.

A comparação feita pelo Fisco considera apenas os tributos relacionados à atividade, como Imposto de Renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Cofins e Imposto de Importação (II). A análise, por outro lado, não considera tributos que são retidos pelos bancos e depois repassados, como Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), explica a secretária-adjunta da Receita, Zayda Manatta.

“A margem de lucratividade dos bancos tem sido superior aos dos demais setores. Isso mostra que o setor realmente teve uma lucratividade elevada”, avalia Zayda.

Em março, terminou o prazo para as empresas entregarem a declaração de ajuste, em que devem compensar os valores devidos que diferem das estimativas de rendimentos do ano passado. O montante arrecadado pelo setor financeiro em função do ajuste foi 65,5% superior ao do mesmo período do ano passado. Os demais setores contribuíram 25% a mais na comparação.

No primeiro trimestre, boa parte da elevação do recolhimento do Imposto de Renda (IR), tributo que representa 27,81% da arrecadação total da Receita Federal, foi sustentada pelo setor financeiro. O IR do setor financeiro teve nesse período elevação de 71,09% em termos reais, avanço muito maior que os 12,75% do Imposto de Renda das pessoas jurídicas. Com esse desempenho, as instituições financeiras, que nos primeiros três meses do ano passado representavam 8,76% do total de IR arrecadado, responderam no mesmo período deste ano por 14,1%.

Essa arrecadação do IR ainda carrega reflexos dos resultados de 2011, já que o recolhimento do ajuste anual do imposto é recolhido durante o primeiro trimestre. O ajuste é, na prática, a diferença entre o valor devido e o efetivamente recolhido durante o ano.

Com essa “ajuda” do setor financeiro, a arrecadação total do IR, que inclui o recolhido pelas empresas, pessoas físicas e outros, teve elevação real de 7,56% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento foi maior que o da arrecadação administrada pela Receita, de 6,68%. O desempenho faz diferença para a divisão obrigatória de recursos da União a Estados e municípios.

Nessa partilha entram IR e IPI. No primeiro trimestre, os resultados do IR foram positivamente influenciados pelo desempenho de 2011, principalmente do setor financeiro. O IPI, porém, teve alta real de apenas 0,97%, resultado da desaceleração da produção industrial e da desoneração da linha branca.

Venda de carros importados bate recorde

Carros importados são 23,5% das vendas em janeiro

Embora sem contar com todos os dados na apresentação dos resultados da indústria, o presidente da Anfavea acredita que essa participação seja a maior em 16 anos

07 de fevereiro de 2011
Silvana Mautone, da Agência Estado

SÃO PAULO – A participação de veículos importados no total das vendas de janeiro no País foi de 23,5%, uma das maiores desde os anos 90, segundo Aurélio Santana, diretor da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Embora só tivesse em mãos dados do ano passado, o executivo acredita que essa participação dos importados seja a maior desde 1994. Em dezembro de 2010 os importados responderam por 21,7% das vendas de veículos no Brasil.

Segundo a Anfavea, em janeiro foram importados 58 mil veículos montados e exportados 32 mil, o que resultou numa balança comercial negativa em 26 mil unidades. “O problema não é importar veículos, mas estarmos sem competitividade hoje em dia para exportar”, afirmou o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, referindo-se ao real valorizado ante o dólar.

Segundo Belini, é da Argentina que veio a maioria dos carros importados: 52,8%. Em segundo lugar ficou o México, com 10,6% dos veículos importados, seguido pela Coreia do Sul (21,7%), União Europeia (6,4%), China (3,2%) e Japão (2,4%). Esses dados incluem veículos importados por montadoras instaladas no Brasil e também os importados pelas que não possuem fábricas no País.